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Empresa de Eike suspende produção de minérios

Written By BLOG DO WOLNEY ERICK on sexta-feira, 5 de julho de 2013 | 12:40

Rio (AE) - Em mais uma demonstração de que tenta reduzir despesas para reestruturar dívidas, a empresa de mineração do grupo EBX, MMX Mineração e Metálicos, anunciou ontem a suspensão, por seis meses, da produção da Unidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Sem especificar o total de demissões no projeto, a empresa informou que foi necessário um “ajuste no número de postos de trabalho”.
fábio pozzebom/abrEm meio a turbulências, Eike renunciou ontem ao cargo de presidente da outra empresa, a MPXEm meio a turbulências, Eike renunciou ontem ao cargo de presidente da outra empresa, a MPX

A medida aumenta os sinais de rápido encolhimento do grupo do bilionário Eike Batista, que também ontem formalizou sua renúncia ao cargo de presidente e membro do Conselho de Administração da MPX, empresa de geração de energia elétrica do grupo. 

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a MMX informou que a paralisação de Corumbá “reforça sua estratégia de otimização na alocação de capital e maximização de valor”. “A MMX esclarece que possui estoque para atendimento a todos os contratos comerciais firmados”, enfatizou a empresa.

A decisão foi tomada durante reunião do conselho ontem. Jorgen Kildahl, que era vice-presidente do órgão, foi indicado como presidente interino.

Eike Batista, fundador da EBX, atuava como presidente do Conselho de Administração das seis empresas de capital aberto do grupo. Na MPX, que atua no mercado de geração de energia elétrica, o empresário presidia o conselho há seis anos.

Ao mesmo tempo, foram anunciadas mudanças na estrutura da MPX, que se unirá à parceira E.ON, e deverá mudar de nome. Além disso, haverá oferta de ações no valor de R$ 800 milhões. Segundo nota da empresa, a MPX, que já opera usinas capazes de produzir 1.780 megawatts (MW) de energia elétrica, deve participar dos leilões de energia nova do governo federal. A empresa também tem projetos em construção capazes de gerar 1.114 MW.

Turbulências

O anúncio de reestruturação da MPX e a suspensão da produção em Corumbá ocorrem em meio às desvalorizações de ações de empresas do grupo de Eike, o EBX, ocorridas nas últimas semanas.

O sistema Corumbá iniciou suas operações em 2005. No primeiro trimestre deste ano, a produção de minério de ferro da MMX foi de 1,5 milhão de toneladas, queda de 7% frente ao quarto trimestre de 2012. O sistema Corumbá teve a menor contribuição no resultado, com 242 mil toneladas. No ano passado, a companhia produziu 7,4 milhões de toneladas de minério, e ainda estava muito longe de se transformar numa “mini Vale”, como apregoava Eike. A gigante brasileira produziu, em 2012, 310 milhões de toneladas de minério de ferro.

No fim do processo de reestruturação do grupo, Eike, que não seguirá o aumento de capital da MPX, segundo informou a fonte, continuará bilionário, mas sua fortuna vai minguar para algo entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,5 bilhões, de acordo com estimativas.

Fonte: Tribuna do Norte
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