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Moradias apresentam problemas de infraestrutura

Written By BLOG DO WOLNEY ERICK on domingo, 14 de julho de 2013 | 10:41

Adquirir a casa própria nem sempre é o olimpo. Contemplada com uma iniciativa habitacional do Governo Federal – o Programa de Arrendamento Residencial (PAR), a família do funcionário público Ivanaldo Medeiros e da radialista Ajosileide Alves, moradora do condomínio “Sampaio Correia”, em Dix-Sept Rosado, padecem há dez anos com a estrutura inadequada na fiação elétrica e esgotamento sanitário, que põem em risco a vida das famílias que vivem no local.
Magnus NascimentoCasa de Ajosileide Alves, moradora do condomínio “Sampaio  Correia”, em  Dix-Sept Rosado, tem problemas de infiltrações e rede elétricaCasa de Ajosileide Alves, moradora do condomínio “Sampaio Correia”, em Dix-Sept Rosado, tem problemas de infiltrações e rede elétrica

O projeto é financiado pela Caixa Econômica Federal (CEF). Após intensa batalha judicial, os peritos da Justiça Federal (JF) constataram a necessidade de adequar 10 itens, entre eles a locação de um novo quadro de energia elétrica, fios novos para sanar os problemas existentes e manter a caixa limpa e desobstruída. No documento assinado pelos peritos da JF está escrito que “a persistência das inadequações põe em risco a vida de crianças e animais”. “É comum levarmos choques nessas paredes onde passam a energia do prédio”, desabafou a radialista.

O condomínio onde a família de Ajosileide vive tem problemas, segundo ela, dos mais diversos. Ela destacou que o mofo que assola os quartos da casa causam problemas de saúde no filho de três anos. O funcionário público João Pedro, que mora no terceiro andar do mesmo prédio disse que as dificuldades aumentam ainda mais quando chove porque a residência enche de água “servida”.

O Programa de Arrendamento Residencial (PAR) é promovido pelo Ministério das Cidades. O projeto foi criado em 2001 para ajudar municípios e estados a atenderem à necessidade de moradia da população que recebe até 6 salários mínimos e que vive em centros urbanos. O PAR é desenvolvido em duas fases distintas. A primeira delas é a de compra de terreno e contratação de uma empresa privada do ramo da construção, responsável por construir as unidades habitacionais. Depois de prontas, as unidades são arrendadas com opção de compra do imóvel ao final do período contratado. “Nós nem quitar podemos porque estamos com essa demanda judicial”, disse Ivanaldo Medeiros. No início do ano a Justiça concedeu 10 dias à Caixa para consertar os problemas. “Já se passaram 90 dias e eles somente colocaram uma caixa nova, mas sem refazer a fiação, então a caixa antiga está aí, sem isolamento, causando um perigo ainda maior”, acrescentou Ajosileide. O superintendente da CEF no Rio Grande do Norte, Roberto Linhares, informou que problema do condomínio “Sampaio Correia” está judicializado e que as providências estão sendo tomadas. 

Atraso

Outro problema recente com programas de habitação financiados pelo Governo Federal, está atingindo 204 famílias, beneficiadas pelo programa do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV), que adquiriram apartamentos no condomínio “Green Park”, no  Satélite, e estão há quase um ano aguardando os imóveis prometidos inicialmente para setembro do ano passado. 

Na manhã de ontem, os proprietários dos apartamentos do condomínio Green Park Satélite organizaram uma mobilização em frente à construção para cobrar à construtora responsável a continuação das obras e a entrega das moradias. Segundo eles, após requererem o adiamento da conclusão do serviço por duas ocasiões, sendo a última em 30 de março deste ano, a empresa responsável convocou uma Assembleia Geral para expor dificuldades com o contrato firmado com a Caixa Econômica e pediu paciência. 

“A obra parou, o local ficou abandonado e eles retomaram os serviços somente segunda-feira passada (8) com cinco funcionários”, criticou Bianca Martins, proprietária de um dos imóveis. “Não há segurança e tem até pessoas invadindo para tomar banho na piscina com a água da chuva”, disse Marta Delgado dona de outro apartamento. “Se a construtora não tiver condições de arcar com a obra, a Caixa precisa assumir o serviço”, completou Kaio Fredson. Durante a fase de obras a previsão era de pagamento de 21 prestações e já se passaram 30 sem que houvesse novos contatos. Por telefone, o superintendente da Caixa no RN disse que seria necessário verificar a situação do imóvel e que no sábado, dia da reportagem, não seria possível.

O Programa “Minha Casa, Minha Vida”, também uma iniciativa do Governo Federal , acontece em parceria com estados, municípios, empresas e entidades sem fins lucrativos. Os beneficiados precisam comprovar renda bruta de até R$ 5 mil. O programa oferece facilidades, como descontos, subsídios e redução do valor de seguros habitacionais. 

Tribuna do Norte
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