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Presidente também saudou a decisão de rechaço do bloco econômico para 'questões de ferimento de soberania

Written By BLOG DO WOLNEY ERICK on sábado, 13 de julho de 2013 | 08:13

A presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu que os países do Mercosul adotem medidas em resposta aos casos de espionagem realizada pelo governo norte-americano com relação aos Estados da região. De acordo com a presidente, é preciso "coibir" novos casos como esse.


AP
Evo Morales (Bolívia), Cristina Kirchner (Argentina), José Mujica (Uruguai), Dilma Rousseff (Brasil) e Nicolás Maduro (Venezuela) participam de cúpula do Mercosul

"Somos atingidos pelas denúncias de que ( nossa ) comunicação eletrônica está sendo espionada. A espionagem atinge nossa soberania e direitos inalienáveis da nossa população. Defendemos a preservação de nossa soberania e privacidade de nossos cidadãos e empresas. Devemos também adotar medidas pertinentes para coibir a repetição dessas situações", afirmou a presidente. "Saúdo a decisão de rechaço do Mercosul para questões sobre ferimento de soberania."
Com informações vazadas pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden , o jornal brasileiro O Globo afirmou na terça que a NSA realizou atividades de espionagem, priorizando Colômbia, Brasil e México.
As atividades de vigilância também atingiram Argentina, Equador, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Paraguai, Chile, Peru e El Salvador, de acordo com o jornal. Segundo informações do Globo, emails e telefonemas de brasileiros foram monitorados. 
A presidente Dilma participa nesta sexta da 45ª Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo do Mercosul que acontece em Montevidéu, no Uruguai. Ao chegar ao país anfitrião, Dilma já havia condenado a espionagem americana. O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, que também foi ao Uruguai para participar da cúpula, afirmou que os líderes devem propor uma moção de repúdio às atividades de espionagem.
"Está em negociação uma decisão dos chefes de Estado quanto às denúncias que afetam o Brasil e todos os países da região. Há um consenso em repudiar tais atos e buscar formas com que os Estados tenham uma proteção cibernética efetiva, que a soberania seja respeitada e também a privacidade dos indivíduos seja honrada", disse o chanceler.
Os países do bloco devem expressar também um descontentamento formal quanto à detenção do avião do presidente boliviano Evo Morales em solo europeu. Na semana passada, Morales, que retornava a La Paz após uma visita oficial a Moscou, teve de fazer um pouso não previsto na Áustria após alguns países europeus terem impedido que a aeronave presidencial sobrevoasse seu espaço aéreo. Havia a suspeita de que Snowden pudesse estar escondido dentro do avião.
Participam do encontro no Uruguai a presidente Dilma Rousseff e seus homólogos Cristina Kirchner, da Argentina; José Mujica, anfitrião, do Uruguai; Nicolás Maduro, da Venezuela; e Evo Morales, da Bolívia. A Bolívia fez um pedido de adesão ao bloco em dezembro passado e seu status oficial é de "membro pleno em processo de adesão". Sua adesão ainda precisa ser ratificada pelos Parlamentos dos demais membros.
Dilma e Cristina também vão realizar uma reunião bilateral em Montevidéu. Elas devem discutir, entre outros temas, a renovação do acordo automotivo entre os dois países, que expirou no final de junho e ainda não foi prorrogado.
Outros pontos importantes da reunião de cúpula são a concessão da presidência rotativa do Mercosul à Venezuela, país que participa pela primeira vez como membro pleno, e a aproximação entre o bloco e os países caribenhos.
Com Agência Estado
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