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Após 40 meses em queda, desemprego sobe no país

Written By BLOG DO WOLNEY ERICK on quinta-feira, 25 de julho de 2013 | 13:17

Rio (AE) - O desemprego subiu em junho. Embora a maioria dos analistas ressalte que a taxa continua “acomodada” em patamar baixo, outros acreditam que a prolongada “perda de fôlego” no mercado de trabalho possa levar a um aumento mais significativo. A taxa ficou em 6,0% em junho, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ontem.
ABRExpectativa era de aquecimento para a indústria, mas o setor demitiu milhares de trabalhadoresExpectativa era de aquecimento para a indústria, mas o setor demitiu milhares de trabalhadores

Em maio, a taxa foi de 5,8%, mas a alta de junho chama mais a atenção na comparação com o ano passado. Não tanto pela alta de 0,1 ponto porcentual em relação a junho de 2012 (5,9%), mas por ser o primeiro aumento da taxa na comparação de um mês com igual mês do ano anterior desde agosto de 2009, quando subiu 0,5 ponto. O gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo, destacou que, de dezembro de 2009 a abril de 2013, a taxa de desemprego registrou 40 meses seguidos de queda. Em maio deste ano, a taxa foi igual à de maio de 2012.

Ainda assim, o IBGE considera o cenário como de estabilidade - a taxa média de desemprego do primeiro semestre ficou em 5,7%, ante 5,9%, no primeiro semestre de 2012. “Não há geração de vagas suficiente para reduzir a desocupação. Consequentemente, o quadro que o mercado mostra agora em junho é de estabilidade”, disse Azeredo, no Rio. Para Rafael Bacciotti, economista da consultoria Tendências, o desemprego vem em processo de acomodação desde meados de 2012. “Isso está associado à permanência de um nível de atividade sem fôlego, com perspectivas não muito animadoras para os próximos trimestres.”

Projeção

A Tendências projeta uma taxa de desemprego média para 2013 de 5,5%, igual à de 2012, mas, segundo o economista, “a materialização de um cenário mais pessimista em termos de nível de atividade pode resultar no início de uma elevação do desemprego, mas isso ainda não está no nosso radar”.

Em relatório, economistas do Itaú chamam a atenção para a manutenção do desemprego em níveis historicamente baixos, mas fazem a ressalva: “surgem alguns sinais que, se persistirem, podem levar a um aumento maior da taxa de desemprego. Os sinais vêm das avaliações das famílias sobre o mercado de trabalho e do crescente risco de baixa para o crescimento da economia”.

A MB Associados traça um quadro mais pessimista. “É o início de um período de desemprego cuja taxa no final do ano deverá ficar em torno de 5,8%”, disse Sérgio Vale, economista-chefe da consultoria. Para ele, acabou o período de consolidação de queda do desemprego. “Neste ano, a situação que já estava ruim ficou ainda pior por causa da minicrise de junho, marcada pelas manifestações nas ruas, e que desmontaram projetos de investimentos no Brasil.

Tribuna do Norte
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