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A zebra somos nós

Written By BLOG DO WOLNEY ERICK on domingo, 30 de junho de 2013 | 08:18

Rio de Janeiro (RJ) - Gazeta Press - A Seleção Brasileira vai decidir neste domingo o título da Copa das Confederações, a partir das 19h (de Brasília), contra a Espanha no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). Se a final era a mais esperada por todos, colocou o Brasil em uma situação que poucos esperavam. Há cerca de dez anos, nibguém ousaria colocar o time canarinho como zebra em um jogo decisivo, ainda mais em sua própria casa. Mas este é o cenário que foi desenhado para essa finalíssima.

Nos últimos anos a Espanha se tornou a grande força do futebol internacional. Conquistou as duas últimas Eurocopas e é ganhou a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. O escalada espanhola aconteceu em um momento de queda do futebol canarinho, que não conseguiu passar das quartas de final nos dois últimos Mundiais. O último feito brasileiro foi justamente em 2009, quando conquistou a Copa das Confederações em uma decisão contra os Estados Unidos. Apesar desta realidade, os espanhós sabem que terão problemas pela frente.
Wilton Junior /Estadão ConteúdoApesar da qualidade de Marcelo, Neymar, Fred e Oscar, o conjunto da seleção espanhola deixa o favoritismo nas mãos dos visitantesApesar da qualidade de Marcelo, Neymar, Fred e Oscar, o conjunto da seleção espanhola deixa o favoritismo nas mãos dos visitantes

“Estávamos em quatro campeões do mundo e agora restam dois. O Brasil tem cinco mundiais e três títulos da Copa das Confederações. Vamos jogar no Maracanã, com a torcida local e isso nos empolga. Por mais títulos que tenham conquistado, os jogadores estão animados por jogar no Maracanã”, disse Vicente del Bosque, técnico da Espanha, lembrando que as semifinais envolveram quatro campeões do mundo. A Fúria eliminou a Itália nos pênaltis, após empate sem gols. Já a Seleção Brasileira despachou o Uruguai com um triunfo por 2 a 1.

Luiz Felipe Scolari, técnico da Seleção Brasileira, também respeita os espanhóis, mas acredita que o fator campo pode fazer a diferença mais uma vez.

“Serão setenta mil pessoas no Maracanã, com sessenta e nove mim e quinhentas torcendo pela Seleção Brasileira, gritando a cada jogada e cantando o Hino Nacional bem alegres e vibrantes, mostrando que o Brasil joga em casa e é muito forte nessas condições. Claro que respeito a Espanha, que é uma grande seleção, mas podemos ganhar sem sombras de dúvidas”, disse Felipão.

Os jogadores brasileiros concordam que o apoio da torcida vai ser fundamental, mas entendem que o equilíbrio da partida vai exigir um alto grau de concentração. “Não podemos pensar em errar, pois contra a Espanha se isso acontece a derrota é quase certa. Temos que nos impor em campo, não permitir que eles toquem a bola como gostam de fazer e controlem as ações. Temos que dominar a partida, colocar o nosso ritmo e escolher o melhor momento para decidirmos o jogo, sem corrermos grandes riscos. Acredito em um grande jogo e espero que a Seleção Brasileira esteja em um grande dia”, disse o atacante Fred.

Os espanhóis, porém, se mostram prontos para qualquer arma que a Seleção Brasileira venha a usar, até porque ter esse adversário na final não chega a surpreender. O mundo esperava esse duelo. “Todo o mundo esperava e queria que a final da Copa das Confederações fosse entre Espanha e Brasil. Afinal, as duas seleções mereceram e vai ser muito bonito para todos os jogadores atuar no Maracanã. Somos conscientes que, desde que ganhamos a Eurocopa duas vezes e a Copa do Mundo, para todas as seleções é especial enfrentar a Espanha. Não duvido que também seja para os brasileiros, mas isso é algo recíproco”, afirmou Casillas.

Nem sempre foi assim, e a Espanha já sofreu goleada


A final da Copa das Confederações hoje não será a primeira vez que Brasil e Espanha se enfrentarão no Maracanã. O Maior do Mundo, como é carinhosamente chamado o estádio carioca, recebeu em 1950 um histórico confronto entre brasileiros e espanhóis pela fase final da Copa do Mundo. A Fúria não tem boas lembranças daquele dia em que os canarinhos, inspirados golearam por 6 a 1.

A partida ficou marcada pelo grito de mais de 152 mil brasileiros que cantavam “Touradas em Madri”, uma marchinha de Carnaval do compositor Braguinha, que inclusive estava presente ao confronto. Com dois gols de Chico, dois de Ademir, um de Jair e um Zizinho, o Brasil arrasou os europeus, mas três dias depois perdeu o título, em casa, ao cair por 2 a 1 para o Uruguai.

Aquela partida foi a segunda entre brasileiros e espanhóis em Copas do Mundo. Na primeira, em 1934, na Itália, a Espanha venceu por 3 a 1, eliminando os brasileiros. Em Mundiais também aconteceram jogos em 1962, com vitória brasileira por 2 a 1 no Chile, em 1978, quando a Argentina foi palco de um 0 a 0, e, por fim, em 1986, quando na sua estreia o Brasil ganhou por 1 a 0.

No histórico dos confrontos s vantagem é brasileira. Ambos se enfrentaram oito vezes, com quatro triunfos brasileiros.

Defesa espanhola de olho no ataque dos brasileiros


A seleção espanhola é famosa pelo meio-de-campo envolvente, com os craques Xavi e Iniesta, mas quem vem chamando a atenção na disputa da Copa das Confederações é a dupla de zaga formada por Piqué e Sergio Ramos. Os dois foram perfeitos em suas cobranças de pênalti diante da Itália, na semifinal de quinta-feira, e agora terão a missão de parar o ataque brasileiro com Neymar, Fred e Hulk na final de hoje, no Maracanã.

“Com certeza, será uma partida histórica não só no nível pessoal, mas também como seleção. Para quem gosta de futebol, vai ser o jogo mais esperado, um espetáculo, e deve causar alegrias para todas as pessoas. É um privilégio total poder participar desta disputa”, afirmou Sergio Ramos, defensor do Real Madrid, que na primeira fase da Copa das Confederações foi eleito o jogador com o melhor índice técnico da competição.

Ao contrário do que muitos imaginam, ele não está olhando para a decisão com o Brasil com algum receio por jogar diante da torcida adversária. Sergio Ramos lembra, aliás, que em todos os jogos da competição a Espanha ouviu vaias das arquibancadas. “O ambiente no estádio é normal, com gente que canta contra uma seleção favorita como a nossa. Se a Copa fosse disputada na Espanha, os espanhóis cantariam contra o Brasil ou algo parecido Quando o jogador entra em campo, ele só quer saber da partida. Para mim é até bom, gosto desse ambiente no estádio”, avisou o zagueiro.

Tanto Sergio Ramos quanto Piqué vão tentar anular o poder ofensivo do Brasil na final deste domingo no Maracanã. Mas, por enquanto, os dois só querem saber de descansar, depois de uma partida complicada contra a Itália, no calor de Fortaleza, que terminou em disputa de pênaltis após 120 minutos de bola rolando “O desgaste físico foi muito grande e a prorrogação aumentou ainda mais o esforço dos jogadores. Precisamos descansar e nos recuperar bem, comer bem, e nos prepararmos da melhor maneira para fazermos uma boa final. Conhecemos bem todos os jogadores da seleção brasileira e temos que tomar muito cuidado. Não podemos dar espaço”, disse o zagueiro do Real Madrid.

Para Piqué, que deve ter na tribuna do Maracanã o apoio de sua mulher, a cantora colombiana Shakira, o segredo é poupar energias.

Fonte: Tribuna do Norte
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