Cidade Alta sem segurança

Já virou rotina. O trecho da avenida Deodoro da Fonseca logo após a subida da ladeira do Baldo, se transformou em um corredor para ladrões em Natal. Somente em duas semanas um escritório de contabilidade e uma lanchonete neste trecho foram assaltados duas vezes. 

João Maria AlvesComerciante da região do centro da cidade afirma que no período de aulas os assaltos aumentam

“A gente virou freguês”, disse Vera Lúcia Torres. O trecho, nesse período, está mais calmo por causa do período das férias escolares. “Quando têm aulas aumenta o número de assaltos,  porque todo aluno gosta de um celular moderno”, disse ela, que já perdeu as contas das vezes que a lanchonete foi arrombada ou assaltada: “Nem ligo mais”. 

Vítor Moura da Silva trabalha no restaurante do pai, o “Madrugão”, e disse que também sofreu. Por volta das 20h da terça-feira (16), o primeiro assalto: “Levaram dinheiro e dois celulares”.

Silva afirmou que dois jovens entraram, não mostraram arma, mas disseram que se tratava de um assalto. Eles ainda levaram uma faca de cozinha, a qual, depois que soube por intermédio dos policiais militares que saíram no encalço dos ladrões, que a faca foi usada no assalto a um taxista que tinha levado a dupla de assaltantes até a Ribeira, na Zona Leste de Natal.

Situação idêntica passou o contabilista Norberto Freire Marcolino, cujo escritório foi assaltado e arrombado no decorrer de apenas cinco dias. “Assaltaram aqui na quinta-feira (11) e na segunda arrombaram passando por quatro portas”, declarou ele.

Norberto Marcolino afirmou que cogita acionar judicialmente o governo pela insegurança que vem vivenciando - “prestar o serviço é dever do Estado”.

Marcolino contou que o escritório havia passado por outro assalto em  março, sendo que agora, os ladrões – “dois homens bem vestidos, que a gente pensava serem clientes” - já tinham premeditado o crime, porque dois dias antes cortaram a fiação da energia elétrica que vem da rua. “A gente estranhou porque dois aparelhos de ar condicionado estavam sem funcionar e não ia quebrar os dois de uma vez só”. Depois, na quarta-feira, carregaram a câmera de circuito interno de TV, que ficava no lado externo do prédio, de onde não levaram muita coisa: “Aqui não tem dinheiro, só papel, mas levaram uma roupa e um monitor de computador.

Ele reclama que falta policiamento naquela área da avenida Deodoro, pois algumas vezes passa uma ronda da PM apenas no período das aulas. Ao contrário da avenida Deodoro, que é um das principais artérias do  comércio na Cidade Alta, na rua Afonso Pena, onde também eram corriqueiros os assaltos, inclusive a lojas do shopping CCAB Norte, existe um trailer da Polícia Militar do Rio Grande do  Norte. No trailer ficam, diariamente, dois praças, que preferiram não se identificar, mas afirmaram que lá, praticamente, acabaram as ocorrências. “Às vezes quando aparece um suspeito, de longe eles veem o posto policial e vão logo embora”, disse um dos soldados
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Fonte Tribuna do Norte