O advogado Thiago Húascar deixou de representar o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, 26 anos, suspeito de assassinar a tiros 39 pessoas em Goiânia. O defensor abandonou ontem o caso ao alegar que não havia chegado a um acordo financeiro com a família do homem apontado como serial killer. De acordo com o delegado Eduardo Prado, Tiago “varia muito” e perguntou a policiais se seria crime matar na cadeia. Ele está preso desde a última terça-feira em uma cela isolada na Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc).
De acordo com Prado, o suspeito é monitorado o tempo todo, principalmente depois de ter tentado se matar na última semana, ao cortar os pulsos com pedaços de vidro de uma lâmpada quebrada. “Ele perguntou se seria crime matar alguém no presídio, se haveria algum problema. Mas ele varia demais. Ele fez o comentário em uma conversa meio que informal e depois disse que era brincadeira, que não estava falando sério”, disse o delegado. Prado contou ainda que Tiago leu cerca de 50 revistas de domingo para segunda-feira. “Ele lê de forma diferente. Começa a ler a revista no final e depois vai para o início, de forma rápida.”
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