Pesquisa inédita aponta que as mulheres ainda têm dúvidas sobre as atitudes que garantem a higiene íntima.
Uma a cada quatro mulheres já teve ou terá uma ocorrência de Candidíase na vida. A doença é provocada pela proliferação do fungo Cândida sp, presente em regiões do corpo da mulher, como unhas, pele ou intestinos. No caso da candidíase vulvovaginal, que é uma infecção da vulva e da vagina causada pelo Cândida sp, existem vários fatores que predispõe a proliferação do agente, como o uso de roupas íntimas molhadas.
"A obesidade , gravidez, diabetes descompensado, uso de antibióticos, contato com substâncias alérgicas - perfume, talco, desodorantes – o uso constante de biquínis molhados, absorventes diários e roupas íntimas de tecidos que diminuem a ventilação da região vaginal podem propiciar ao desenvolvimento da Candidíase”, explica o ginecologista, mastologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Fabio Muniz.
Segundo Muniz, os sintomas dependem do grau da infecção e podem se apresentar isolados ou associados. O principal é a coceira vulvovaginal. Para evitar a doença, o especialista aconselha medidas simples, como dormir sem a peça íntima. “Dê preferência às roupas íntimas de puro algodão e evite usar absorventes íntimos diariamente, pois prejudicam a ventilação local.
Adquira o hábito de dormir com roupas confortáveis e largas, de preferência de puro algodão. Se possível, durma sem calcinha, para que a região íntima fique ventilada e menos propensa à contaminação”, diz o médico. O médico orienta evitar toalhas e roupas íntimas que ficaram secando no banheiro. “Isso facilita a manutenção dos fungos e, principalmente, aquelas que pertencem a outras pessoas. As toalhas devem ser bem lavadas e sempre passadas a ferro antes do uso”, comenta.
Ainda de acordo com o médico, a higiene local, após as evacuações, deve ser feita trazendo o papel higiênico no sentido da vulva para o ânus – frente para trás – nunca ao contrário. Isso evita a contaminação da vagina por germes que habitam o intestino.
Muniz ainda aconselha evitar períodos longos com maiôs ou biquínis molhados. “Duchas intra-vaginais são absolutamente desnecessárias, pois causam desequilíbrio na flora vaginal e podem levar os germes para outros órgãos genitais, como o útero, o ovário e as trompas. É sempre bom lembrar que, ao sentir qualquer desconforto, seja ele pequeno ou grande, a visita a um ginecologista é essencial”, finaliza.
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