De cachorro mostrando dentes ao ouvir “PT” a uma narrativa embalada com música de novela fazendo chacota da “família Neves”, do presidenciável tucano Aécio. Mais ou menos produzidos —financiados e induzidos pelas campanhas oficiais ou não—, vídeos defendendo candidatos e atacando adversários invadiram um terreno mais íntimo, do ponto de vista da audiência: o aplicativo de mensagens WhatsApp.
Com 38 milhões de usuários no país, segundo dados de fevereiro – ou quase metade da base do Facebook, que comprou a empresa por US$ 22 bilhões, a ferramenta é a nova fronteira da campanha, na qual os níveis de humor e ofensa fazem debates parecerem matinês. Como o aplicativo ainda não era popular nem em 2010, ano do último pleito presidencial por aqui, nem nos EUA que reelegeram o presidente Barack Obama em 2012, as eleições presidenciais brasileiras estão sendo um laboratório para o uso desse tipo de software.
Especialistas em marketing apontam os motivos do bom potencial da plataforma: é versátil, pois serve para vídeos e fotos, mas também se presta às correntes; chega ao eleitor por seus contatos, o que aumenta a credibilidade do conteúdo; e, como virou o padrão de discussão para grupos, gera debates.
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