Rubén Garciá nasceu na Espanha e decidiu trabalhar como professor de idioma na Polônia, país de origem da namorada, Kusia Sruzzak, bióloga. Eles contam que chegaram ao Brasil no dia 10 de outubro, desembarcando na cidade de Fortaleza. Foi na capital do Ceará que os estrangeiros iniciaram um processo de habituação à nova realidade que se apresentou aos dois.
Eles percorreram municípios do Ceará e agora desbravam a cultura e as cidades do Rio Grande do Norte. Na quarta-feira, por volta das 12h, eles descansavam debaixo de um alpendre pertencente a uma casa situada na Praia de Gado Bravo. O litoral do Estado foi uma boa opção para descansar, após pedalarem, carregando, cada um, peso de cerca de 40 quilos referente à bicicleta e aos materiais necessários à viagem. Com uma bandeira do Brasil, o casal segue a caminhada, tendo de se adequar à limitação financeira. “Carregamos peças de roupas e uma barraca para nos instalarmos e podermos repousar. Também descansamos em escolas”, disse Rubén.
A coragem dos europeus é grande. No entanto, muitas vezes, esbarra na força da natureza. Diante desse aspecto, é necessário estudar a melhor forma de prosseguir no trajeto. “Pedalar contra o vento atrasa nossa caminhada. Fisicamente, é um grande desafio. O calor é inexplicável. Nas horas de calor, temos que parar. Reiniciamos o trajeto cedo, quando o clima é mais ameno”, destacou Rúben.
O casal agora se dirige para Natal, mas o plano é também conhecer o Uruguai, Chile, Peru, Equador e a Argentina. Eles pretendem sempre buscar o litoral, enquanto mantêm contato com a população brasileira, que os tem deixado encantados. “Se fala que o Brasil é perigoso, mas encontramos pessoas muito amáveis. Gostei muito das frutas e pudemos observar aves diferentes. Contudo, também contemplamos paisagens áridas no país”, disse Kusia Sruzzak.
Diego Carvalho – De Tibau
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