Os 20 leitos de UTI estão ocupados e bebes graves estão sendo colocados no setor de reabilitação que deveria ser usada no pós-operatório.
A falta de leitos de UTI neonatal é um dos problemas do setor de saúde pública no Rio Grande do Norte. Com poucas unidades no Estado em Natal, Parnamirim, Mossoró, o índice de mortalidade entre os recém-nascidos tem aumentado. Na tarde desta quarta-feira (24), véspera do natal, mães procuraram a equipe do Nominuto para reclamar da falta de espaço no hospital.
De acordo com uma delas (que não quis se identificar), a Maternidade-Escola Januário Cicco não tem estrutura para receber novos bebes que estão nascendo. “A situação aqui é de desespero. Meu bebê está internado, graças a Deus, mas vejo as mães chorando aqui, com os filhos quase morrendo e não tem onde colocar”, destacou.
Uma das soluções encontradas pela equipe de saúde do hospital foi ocupar as cinco vagas do Centro de Recuperação de Operados (CRO), que são para usados pelas mães após os partos.
Em Natal, a única unidade que também atende bebês que correm risco de morte é o hospital Santa Catarina. O déficit pode ser melhorado quando a unidade municipal da maternidade Leide Morais e a unidade das Quintas estiverem funcionando.
Nos corredores as mães desesperadas assistem ao conflito entre os obstetras que querem fazer os partos e os pediatras que não liberam as vagas.
Longe de ter uma solução, as mães continuam reclamando da falta de assistência básica de saúde e o direito a atenção aos seus filhos.
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