Grupo se reuniu na Câmara Municipal para discutir o combate ao trabalho e exploração Infantil.
FOTO: MARCELO BARROSO
A Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal de Natal reuniu-se para debater sobre o trabalho e a exploração infantil e medidas a serem adotadas para combater o problema em Natal e no Estado. A reunião ocorreu nesta manhã (25) no plenário da Câmara, coordenada pela vereadora Júlia Arruda (PSB), presidente da Frente.
Dentre os participantes, a auditora fiscal do trabalho, Marinalva Dantas, apresentou dados relatando o seu trabalho à frente da grupo de fiscalização do Ministério do Trabalho que conseguiu libertar mais de 2.300 pessoas da escravidão contemporânea. Ela emocionou-se ao falar sobre o resgate de pessoas que viviam em regime de escravidão, inclusive crianças, e contou como eram feitas as abordagens chamando a atenção para o problema que ainda acomete crianças.
"Os números ainda são alarmantes mas já foram piores. São quase 50 mil crianças em atividades perigosas no estado e a sociedade precisa estar envolvida e não ignorar situações que parecem ser normais, mas não é, como as crianças que trabalham e que certamente estão sendo exploradas por alguém, quando deveriam estar na escola", adverte. Pelo trabalho desenvolvido, a auditora fiscal do trabalho foi homenageada pela vereadora Júlia Arruda com um diploma de reconhecimento aprovado pela Câmara Municipal.
"Os números ainda são alarmantes mas já foram piores. São quase 50 mil crianças em atividades perigosas no estado e a sociedade precisa estar envolvida e não ignorar situações que parecem ser normais, mas não é, como as crianças que trabalham e que certamente estão sendo exploradas por alguém, quando deveriam estar na escola", adverte. Pelo trabalho desenvolvido, a auditora fiscal do trabalho foi homenageada pela vereadora Júlia Arruda com um diploma de reconhecimento aprovado pela Câmara Municipal.
Júlia ratificou as palavras de Marinalva e chamou a atenção para crianças que trabalham nos sinais de trânsito, nas ruas, feiras livres em situações de risco social que parecem ter se tornado banais para a maioria das pessoas. "Estamos evidenciando e tentando movimentar toda a rede para combater esse problema que acomete nossas crianças. Precisamos dar publicidade ao que tem sido feito, ajudar a combater e prevenir", declara a vereadora. Ela relembra que no último dia 12 de junho foi o comemorada a data para erradicação do trabalho infantil e que, em solenidade, o prefeito Carlos Eduardo, juntamente com o Ministério do Trabalho e outras entidades, assinaram termo de compromisso para erradicar o trabalho e a exploração infantil na cidade.
O Ministério propõe que o mesmo seja adotado nos outros municípios do estado e incetiva a criação dos planos municipais de combate. Inicialmente serão escolhidos 25 destes onde há maior número de crianças trabalhando. No decreto federal nº 6481/2008 estão descritas os 93 tipos de atividades de trabalho proibidas para pessoas menores de 18 anos. "Fazemos um trabalho integrado ativamente com autores da luta contra o trabalho infantil. Temos o juizado Especial da Infância e da Juventude que trata dos casos dessa natureza, mas também precisamos da conscientização da sociedade dos efeitos nocivos que o trabalho causa nas crianças e, principalmente, usar a educação como arma para mudar essa realidade", declara o juiz Cássio Oliveira, auxiliar da Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região.
*Fonte: Cláudio Oliveira, Assessoria CMN.
*Fonte: Cláudio Oliveira, Assessoria CMN.
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