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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

“Qualquer coisa é melhor do que Dilma”, afirma José Agripino

Senador avalia que nova fase dos protestos deve pressionar parlamentares a votarem pelo impeachment.

Ricardo Júnior/Nominuto
O senador José Agripino Maia rebateu as acusações de golpismo e disse que rito do impeachment será decidido pelo Supremo Tribunal Federal.
Os protestos realizados em todo o país, impulsionados pelo pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), não decepcionaram a oposição. Está é a avaliação do presidente nacional do Democratas (DEM), senador José Agripino Maia. “A oposição não ficou frustrada, agora é claro que se tivesse sido mais numerosos teria sido melhor. Agora eles ocorreram em todo o canto”.
O senador atribuiu o menor número de participantes na última manifestação devido a três fatores. “O que fez com que as manifestações diminuíssem? A exaustão do movimento. Esse é o quinto movimento e as pessoas querem ver resultados e até agora não teve. As pessoas estão contentes pelo fato do pedido de impeachment ter sido feito por Eduardo Cunha? Não estão satisfeitas, não dão legitimidade. Isso diminui o ímpeto, o entusiasmo das pessoas a irem para rua. Se houver impeachment, o Michel Temer é um presidente que empolga o país? Não chega a empolgar”, justificou.
O parlamentar disse que a presidente já demonstrou a falta de capacidade para mudar o país. “Na minha opinião, vai prevalecer uma coisa que é verdadeiríssima. Qualquer coisa - e não estou chamando Michel Temer de qualquer coisa, ele é um homem preparado, com experiência política - mas qualquer coisa é melhor do que Dilma, que paralisou o país”, afirmou.
Para Agripino a permanência da chefe do executivo trava os trabalhos no Congresso Nacional. “As pessoas estão entendendo que com Dilma não tem saída. Nada é aprovado com ela no Congresso”.
José Agripino acredita que os manifestantes devem agora cobrar de seus representantes o posicionamento favorável ao impeachment. “Ao invés de ir só para rua, vá ao seu parlamentar e exija dele votar como você quer que vote para mudar o Brasil. O movimento de março tem que ter esse objetivo”.
O senador rebateu as acusações de golpismo e disse que todo o processo será definido pelo Supremo Tribunal Federal. “O Supremo Tribunal Federal vai confirmar o rito que foi adotado no processo de Collor. Já teve processo de impeachment contra Collor, Itamar e Fernando Henrique. O engraçado é que em todos foi o PT que pediu a iniciativa. O engraçado é que agora é golpe. Em função deste rito é que nós vamos fazer as manobras regimentais do Congresso para que no tempo devido tenha a oportunidade de votar”, explicou.

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