De acordo com a categoria, a greve será suspensa quando o Governo resolver a questão do enquadramento dos servidores no Estatuto.
Os servidores do ITEP paralisaram suas atividades, nesta segunda-feira (14), e o movimento será realizado por tempo indeterminado. De acordo com a categoria, a greve só será suspensa quando o Governo do Estado resolver a questão do enquadramento dos servidores no Estatuto do ITEP.
Com a greve, apenas 30% dos serviços estão sendo realizados, que são os casos de flagrantes, recolhimento de cadáveres e exames de corpo delito em suspeitos de crime ou em vítimas de crimes. “Os serviços essenciais estão mantidos, como determina a lei. Os demais, como emissão de documentos, foram suspensos e permanecerão suspensos durante toda a greve”, explica Paulo César de Macedo, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (SINPOL).
Nesta segunda-feira, os servidores se concentraram na frente da sede principal do ITEP, na Ribeira. Além disso, equipes foram para as centrais do cidadão orientar a população sobre a suspensão das atividades.
“Infelizmente, chegamos ao ponto de termos que deflagrar uma greve, pois o governador Robinson Faria ao invés de cumprir com a palavra dada quando ainda era candidato e também depois de eleito, de que iria enviar a minuta que estava pronta desde 2013, não o fez. Ao contrário disso, ao longo deste ano de 2015, este atual Governo criou outras cinco minutas, todas elas gerando grandes prejuízos a maioria dos servidores. E isso a categoria não vai aceitar de maneira nenhuma”, declara.
Os servidores do ITEP alegam que as minutas apresentadas pelo Governo do Estado exclui a maioria dos profissionais que trabalham naquele órgão, contemplando apenas uma pequena parcela que entrou através de concurso. “O SINPOL, representante legal dos servidores do ITEP, por diversas vezes apresentou ao Governo do Estado contrapropostas e alternativas para resolver essa questão, de forma que o Estatuto fosse construído da maneira mais justa possível, porém, o Governo insiste em não querer enquadrar os servidores”, avalia.
De acordo com Paulo César de Macedo, durante 11 meses os servidores tiveram paciência e atenderam aos prazos solicitados pelo Governo do Estado. “Agora, o ano está terminando e para os servidores do ITEP será mais um ano perdido, mais um ano de decepção? Esperamos que não. Esperamos que o Governo se sensibilize e finalmente entenda que não pode excluir esses servidores dos quadros do ITEP”.
O presidente do SINPOL completa: “a gente sabe que uma greve sempre gera transtornos para a população, pois alguns serviços são suspensos, entretanto, a culpa não é dos servidores. A categoria está lutando pelo que é justo e está lutando também pela melhoria na qualidade de atendimento no ITEP. O Estatuto é o primeiro e principal passo para a moralização e reestruturação organizacional do ITEP. Esperamos contar com o apoio da sociedade neste movimento, pois a própria sociedade sairá ganhando com isso”.
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