Senador envolveu a presidente Dilma e o ex-presidente Lula nas investigações da Lava Jato.
Com agências
Segundo a reportagem da revista IstoÉ, Delcídio cita na delação uma suposta atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff para tentar interferir nas investigações da Lava Jato. Os dois negaram qualquer envolvimento.
O senador Delcídio citou também pelo menos outros cinco nomes de colegas de Senado, incluindo o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) e do mineiro Aécio Neves (PSDB), candidato derrotado na última eleição presidencial.
A homologação da delação representa a confirmação pela Justiça dos termos do acordo entre Delcídio e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Com esta decisão do Supremo, as informações obtidas através dos depoimentos do senador podem ser utilizadas nas investigações da Operação.
O senador Delcídio do Amaral foi preso no dia 25 de novembro do ano passado depois que Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, entregou ao Ministério Público o áudio de uma reunião na qual Delcídio propunha o pagamento de R$ 50 mil por mês à família e um plano de fuga para o ex-diretor deixar o país, que estava preso em Curitiba. O senador garantia ainda que poderia interferir junto a alguns ministros do Supremo para conseguir um habeas corpus para Nestor Cerveró.
Delcídio foi solto no dia 18 de fevereiro sob condição de se manter em recolhimento domiciliar, podendo deixar a sua residência apenas para ir ao Senado trabalhar e retornando no período noturno. Desde então, ele está de licença médica, devendo retornar ao trabalho no próximo dia 23.
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