Operação Zelotes: filho caçula de Lula recebeu quase R$ 10 milhões

Empresa de Luís Cláudio é suspeita de comprar medidas provisórias editadas nos governos de Lula e Dilma.

Com agências

O filho do ex-presidente de Luís Cláudio Lula da Silva, o caçula do ex-presidente Lula está sendo investigado pela operação Zelotes e é suspeito de ter recebido quase R$ 10 milhões. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, a ação descobriu que ele e sua empresa, a LFT Marketing Esportivo receberam o montante.

Até o momento, se sabia que Luís Cláudio embolsaria R$ 2,5 milhões da Marcondes & Mautoni, acusada de comprar medidas provisórias. Porém, de acordo com as investigações, o repassado pela empresa foi de R$ 4 milhões e o resto do dinheiro, recebido pelo filho do ex-presidente, também teria sido oriundo de outras fontes suspeitas.

Diante do que se descobriu, os investigadores querem saber qual trabalho foi prestado para resultado no recebimento dos demais valores. A quebra dos sigilos de Luís Cláudio e da empresa aconteceu entre o período de 2009 a 2015.

A LFT foi constituída em 2011. Uma das linhas da investigação é saber se Lula indicou empresas para contratar a firma do filho. A suspeita é que tenha ocorrido compra de medidas provisórias editadas nos governos de Lula e Dilma.

Apesar de ter recebido uma grande quantia em dinheiro, a empresa de Luís Cláudio não tem funcionários registrado. E, de acordo com as investigações, o filho do ex-presidente também não teria “expertise” em consultoria. 

Ainda de acordo com a investigação, o trabalho realizado para a Mautoni, avaliado em R$ 4 milhões foi copiado da internet.

Após a veiculação da matéria, a defesa de Lula e do seu filho afirmou que Luís Cláudio não recebeu os valores indicados pelo jornal. Segundo os advogados, a empresa Touchodow Promoções e Eventos Ltda atua na organização do principal campeonato de futebol americano no País, e, por isso consegue receitas através de patrocínio e venda de ingressos, assim como qualquer outra do ramo.

Os advogados classificaram as acusações como inverídicas e se mostraram chateados com o vazamento das informações. “É inadmissível que o vazamento tenha ocorrido antes mesmo que os advogados de Luís Cláudio tivessem acesso ao procedimento, em cumprimento à decisão do Ministro Dias Toffoli”, comentou a defesa.

Ainda de acordo com os advogados, há muito tempo o jornal paulista estaria utilizando suas páginas para lançar suspeitas indevidas sobre Luís Cláudio.