Pelo menos três terroristas participaram do duplo atentado no aeroporto de Ataturk.
Agências Ansa e Sputnik Brasil
EPA/Sedat Suna/Agência Lusa
O ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, informou que 31 pessoas morreram e mais 147 ficaram feridas no duplo atentado no Aeroporto de Ataturk, em Istambul na noite desta terça-feira (28), durante confronto com a polícia local. A informação do ministro é da emissora Haberturk na sua conta no Twitter.
Já a agência turca Dogan informou que pelo menos 32 pessoas morreram e 88 ficaram feridas. Segundo a agência, entre os mortos estavam dois policiais. Mas cedo, a agência Associated Press, que citou uma fonte do governo de Ancara, informou sobre 50 mortos.
De acordo com a emissora CNN turca, as bombas teriam sido acionadas no terminal internacional, mas ainda não há uma confirmação oficial do local exato das explosões. As autoridades de telecomunicações do país proibiram a divulgação de imagens que mostrem a cena do ataque, um tipo de censura recorrente na Turquia em caso de ações terroristas.
Pelo menos três suicidas participaram do duplo atentado no Aeroporto de Ataturk, o terceiro mais movimentado da Europa e o maior da Turquia, e alvo frequente de ataques, principalmente de separatistas curdos.
Nos últimos meses, o grupo Falcões pela Libertação do Curdistão (TAK) realizou diversos atentados em solo turco. Suas atividades são motivo de controvérsia, já que alguns acreditam que o TAK é apenas uma franja do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a mais ativa organização militante curda, enquanto outros defendem que ele é totalmente independente.
Com 26 milhões de pessoas, os curdos são a maior etnia sem Estado próprio em todo o mundo.
Eles reclamam soberania sobre um território que cobre majoritariamente o Sudeste da Turquia e o Norte do Iraque e da Síria. Estima-se que o conflito de décadas com Ancara já tenha deixado mais de 40 mil mortos.
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