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Jovem é morto a tiros ao furar barreira e população revoltada toca fogo na delegacia e em veículos da polícia

Written By BLOG DO WOLNEY ERICK on domingo, 30 de junho de 2013 | 23:10


Vítima Paulo Oliveira
Durante o início da noite de sábado (29), uma equipe de policiais da cidade de Paulino Neves-MA realizava uma barreira policial pela cidade, quando foram surpreendidos por uma pessoa que dirigia um quadriciclo e furou a barreira, passando pelos policiais. Em seguida, um dos policiais que estava no local saiu em perseguição ao condutor do quadriciclo. Após uma discussão entre o cabo e o rapaz, o clima ficou tenso e o policial disparou um tiro contra a vítima que, depois de alguns minutos, acabou morrendo. Ele ainda foi levado para o Hospital de Paulino Neves, mas não resistiu aos tiros no peito. De acordo com informações, a vítima é Paulo Oliveira e residia na cidade de Barreirinhas. A situação revoltou toda a população de Paulino Neves, levando anônimos a tocarem fogo em um quadriciclo e um veículo troller da Polícia Militar e, ainda, invadiram a delegacia da cidade, queimando objetos e documentos. De acordo com informações da Mirante AM, durante o tumulto, os policiais precisaram fugir da cidade, mas o reforço de policiais já chegou até lá. Até agora, quatro pessoas que participaram da confusão já foram presas, outras 6 já foram identificadas.
Troller incendiado



Documentos e móveis da delegacia incendiados

 Yuri Gomes

Brasil dá show e é campeão da Copa das Confederações

O roteiro foi perfeito. As duas principais seleções, o principal estádio do país e um grande jogo de futebol. A final da Copa das Confederações terminou com vitória convincente da Seleção Brasileira sobre a Espanha, por 3 a 0, no Maracanã. O toque de bola espanhol foi superado pela marcação perfeita do Brasil e brilho das principais estrelas do elenco, acabando com uma invencibilidade de mais de três anos da Fúria em jogos oficiais (29). Fred (2) e Neymar fizeram os gols.

Como vem sendo praxe nas partidas da Seleção Brasileira na Copa das Confederações, o Brasil o placar logo no início da partida. Aos 2 minutos, depois de cruzamento de Hulk, Neymar e Fred brigaram com a zaga espanhola e a bola sobrou para o camisa 9 que, caído, completou para o gol. O Maracanã explodiu na comemoração. 
O gol surpreendeu os espanhois, que demonstraram um nervosismo há tempos não visto. A equipe de Vicente Del Bosque demorou até conseguir impor o jogo de posse de bola, mas o Brasil seguiu criando as melhores chances de gol. Fred, Oscar e Hulk seguiam comandando as ações ofensivas, contando com o apoio de Daniel Alves e Marcelo, acostumados a enfrentar os espanhois. Porém, foi o até então "apagado" Neymar que marcou o segundo.

Depois de ver David Luiz salvar uma bola em cima da linha que seria o empate da Espanha, o Brasil conseguiu armar bons contra-ataques. Aos 42, Neymar recebeu bom passe de Oscar e, de perna esquerda, fuzilou o gol espanhol, sem chances para Casillas. Foi o segundo gol, garantindo vantagem tranquila para o Brasil no intervalo.

Na volta do intervalo, Del Bosque sacou Arbeloa, que já tinha cartão amarelo, e colocou o jovem Azpilicueta na lateral-direita. O jogador ficou no setor onde Neymar mais atuou durante a primeira etapa, mas foi o camisa 9 Fred, mais uma vez, que apareceu para marcar. Antes do segundo minuto, o jogador do Fluminense recebeu passe de Hulk, contou com o corta-luz de Neymar e, de pé direito, tocou no canto esquerdo do gol defendido por Casillas. Era o terceiro e último gol da partida.

A Espanha ainda teve boas chances de diminuir. Um pênalti de Marcelo em Jesus Navas poderia ser o início da reação, aos 10 minutos. Mas o zagueiro Sérgio Ramos bateu para fora. Mais uma vez, o Maracanã vibrou com intensidade e empurrou a seleção local.

Os atuais campeões tiveram chances de diminuir o placar, mas Júlio César defendeu chutes perigosos de Pedro e Iniesta. No fim, 3 a 0 para o Brasil e o tetracampeonato da Copa das COnfederações.

DEPUTADO PAULO WAGNER FOI O MAIOR GASTADOR DA BANCADA DO RN


O apresentador e deputado federal Paulo Wagner, do PV, foi o maior gastador da cota de apoio para a atividade parlamentar neste ano de 2013 – considerando apenas a bancada potiguar na Câmara Federal. Foram mais de R$ 164 mil, o que dá mais de R$ 30 mil acima da segunda colocada na lista, Sandra Rosado, do PSB. Com esses números, por sinal, pode-se dizer que Paulo Wagner gastou duas vezes mais que Fátima Bezerra, do PT, e quatro vezes os gastos registrados por Henrique Eduardo Alves, do PMDB, que é o presidente da Casa Legislativa, em Brasília.
Paulo Wagner gastou R$ 164 mil em seis meses e isso porque o mês de junho não foi completamente contabilizada (Foto: Divulgação/Facebook)
Os dados estão disponíveis no site oficial da Câmara Federal (www2.camara.leg.br). Com base neles, é fácil explicar como Paulo Wagner gastou tanto da cota indenizatória. O parlamentar utilizou o pagamento com, praticamente, todos os tipos de despesas: deslocamento, passagens aéreas e, até, alimentação. Com relação aos custos com a alimentação, por sinal, ressalta-se que em maio, abril, março e fevereiro, o deputado federal teve um gasto médio de mais de R$ 700 com alimentação. Foram refeições no Argos, Capital Steakhouse, churrascaria Sal e Brasa e Espeto de Ouro, várias delas custaram mais de R$ 200.
O pevista gastou também R$ 8,3 mil todos os meses por um serviço de aluguel de veículos, o deputado federal pevista também tem uma despesa consideravelmente alta com a compra de combustíveis e lubrificantes: são mais de R$ 3,5 mil mensais. Além disso, pode-se até questionar a memória dos eleitores com relação a quando viram, pela última vez, o deputado do PV apresentar uma proposta ou projeto de medida federal na Câmara. Mesmo com todos os gastos com relação à divulgação que ele teve neste ano, que superou o de todos os seus colegas potiguares.
Foram mais de R$ 60 mil gastos com a chamada “divulgação da atividade parlamentar”, pagos a empresas e agências de publicidade. Com o valor, Paulo Wagner poderia, por exemplo, ter comprado uma ambulância totalmente equipada e nova, para contribuir com a saúde pública, sobretudo, no interior do Estado.
Aliás, ele não, a Câmara Federal, uma vez que o dinheiro pago pela cota indenizatória é um recurso público, disponibilizado na forma de indenização para o parlamentar desempenhar seu trabalho em Brasília – mas que pode ser usada de forma tão ampla que serve até para o pagamento de comida em restaurantes chiques de Natal, como há registro de gastos do próprio Paulo Wagner.
Como se o salário de R$ 27 mil por mês não fosse suficiente, com a cota indenizatória, alguns parlamentares, que também já gastam com o colégio de assessores custeados pela Casa Legislativa, consomem, praticamente, outro ordenado mensal de igual valor com os gastos com a cota indenizatória. No caso de Paulo Wagner, o valor chega até a ser maior. Afinal, o deputado do PV recebeu os R$ 27 mil e gastou outros R$ 32 mil, em média, por mês, de cota indenizatória.
Outros deputados
Com relação aos outros deputados federais, destaque para a segunda mais gastadora: Sandra Rosado. As despesas dela, porém, diferente da “regularidade” dos gastos de Paulo Wagner, podem ser registradas dois meses de “pico”: quando ela gastou quase R$ 17 mil em trabalhos de consultoria, para os escritórios MHC de Abluquerque, Meritus Assessoria e Consultoria e President And Fellows of Harvard. Com essa despesa, a utilização da cota chegou a superar os R$ 40 mil em fevereiro.
Seguindo a linha de gastadores, se destaca também os valores disponibilizados por Fábio Faria, que desembolsou (do “bolso” público), cerca de R$ 120 mil. É importante, porém, ressaltar que isso representa uma economia. Afinal, no ano passado, quando dezembro chegou, o deputado do PSD já havia gasto mais de R$ 330 mil desse valor. Ou seja: até agora tem se mantido abaixo da média.
Felipe Maia, do DEM, considerado o deputado do ano pela revista Veja, gastou só um pouco menos que Fábio Faria: R$ 118 mil. Nas suas despesas, estão se destacando principalmente os gastos com divulgação da atividade parlamentar (R$ 6 mil), o que nos outros anos não estava presente. Em seguida, aparece o deputado federal João Maia, presidente do PR no Rio Grande do Norte. Ele já utilizou R$ 106 mil em seis meses.
Os mais econômicos da bancada federal potiguar são, respectivamente, Fátima Bezerra e Henrique Eduardo Alves, considerados, talvez, os dois parlamentares mais destacados da Casa Legislativa, fato que reflete no potencial eleitoral dos dois para as próximas eleições: a primeira é cotada para o Senado e o segundo para o Governo do Estado. A petista gastou “apenas” R$ 88 mil. O peemedebista, ainda menos: R$ 41,4 mil.

Portal no Ar

Governo holandês estuda fechar prisões devido à falta de criminosos


O governo holandês está enfrentando protestos da população após anunciar que irá fechar 19 prisões no país, como forma de economizar 271 milhões de euros do orçamento devido à falta de criminosos no país. De acordo com a emissora de TV holandesa “NOS”, o secretário de Estado Fred Teeven foi criticado inicialmente ao sugerir o fechamento de 26 cadeias, o que representaria um corte de 340 milhões de euros mas, ao mesmo tempo, o desaparecimento de 3.400 empregos. Em vez disso, 2.000 funcionários seriam dispensados. Uma das razões da medida anunciada pelo Estado é a diminuição da taxa de criminalidade e a utilização de tornozeleiras com rastreadores em vez de deixar os presos encarcerados, o que deixou muitas das celas vazias. A oposição está tentando reverter a medida, afirmando que o equipamento “não é alternativa à prisão”. A falta de criminosos na Holanda foi muito discutida pela mídia internacional pela primeira vez em 2009, quando o governo inicialmente anunciou o fechamento de 8 unidades prisionais, e, diante das demissões que seriam feitas, estava estudando a possibilidade de importar 500 criminosos da Bélgica, para que possa manter um contingente nas prisões.

 AFP

POLICIAL DESCOBRE QUE A FILHA ESTAVA SENDO MOLESTADA E MATA SUSPEITO NA CIDADE DE IPUEIRA NO RN.


Homem morto
Um fato trágico marcou e assustou os moradores da pequena cidade de Ipueira logo as primeiras horas deste sábado 29 de junho de 2.013. Um crime de homicídio ao que tudo indica motivado pela defesa da honra, acordou toda a comunidade e trouxe a tona uma história terrível. De acordo com as primeiras informações o Cabo da PM conhecido como Santos, teria descoberto que um indivíduo da cidade, por sinal de quem era amigo, que tem o apelido de João da Perua, molestava a filha do cabo desde quando ela tinha 10 anos (hoje a garota já tem 13). Enfurecido com a descoberta desta triste notícia, por volta da meia noite de sexta-feira o cabo foi até a residência do "amigo" e sem muita conversa deferiu alguns disparos de arma de fogo contra o ele, que inclusive estava deitado dormindo. João da Perua foi socorrido para a cidade de Patos na Paraíba, onde foi atendido no Hospital daquela cidade mas não resistiu aos ferimentos vindo a óbito durante a manhã de sábado. Segundo testemunhas durante o socorro, ele conversou com populares e a todo momento negava que teria praticado o fato contra a filha do militar. O PM se entregou prontamente a policia local, sendo conduzido para delegacia de Policia Civil onde foi feito o flagrante, e comunicado ao oficial de dia do 6º BPM que conduziu o militar para a sede do batalhão da PM onde se encontra recolhido a disposição da justiça da comarca de Caicó.

Niltinho Ferreira

ESPETÁCULO TEVE HOLOGRAMA DO CANTOR E ORQUESTRA DO TEATRO NACIONAL. ARTISTAS CANTARAM SUCESSOS DO COMPOSITOR NO ESTÁDIO MANÉ GARRINCHA.

Coro de 45 mil vozes canta em show de Renato Russo em Brasília

Espetáculo teve holograma do cantor e Orquestra do Teatro Nacional.
Artistas cantaram sucessos do compositor no Estádio Mané Garrincha.


do G1 DF

Tecnologia traz holografia do cantor Renato Russo em show que o homenageia neste sábado (29), em Brasília. (Foto: Guto Zafalan)Tecnologia traz holografia do cantor Renato Russo em show que o homenageia neste sábado (29), em Brasília (Foto: Guto Zafalan)
Um coro de 45 mil vozes cantou durante todo o show “Renato Russo Sinfônico”, que aconteceu neste sábado (29), no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Do começo ao fim do espetáculo, o público acompanhou os artistas que se revezaram no palco e mostraram que as composições do ex-líder da Legião Urbana continuam fazendo sentido, quase duas décadas depois da morte do autor.
Pessoas de todas as idades, muitos pais e filhos, fizeram parte do espetáculo. Além dos fãs do cantor e dos músicos no palco, as atrações foram a Orquestra Sinfônica de Brasília, sob regência do maestro Cláudio Cohen, e a execução da canção “Há tempos” com um holograma de Renato Russo, numa tecnologia até então inédita no Brasil.
Os músicos participantes também foram acompanhados por uma banda formada pelo baterista Fred Castro, ex-Raimundos, o guitarrista Fred Nascimento, que tocou com a Legião Urbana durante os anos 1990, a baixista Flávia Couri, do Autoramas, a guitarrista Marcela Vale e o tecladista Luciano Lopes.
O show também foi marcado por problemas técnicos, que causaram a interrupção do espetáculo por alguns minutos. A plateia das arquibancadas ainda reclamou que não estava ouvindo os instrumentos da orquestra.
Hits garantem sucesso
O evento começou com Sandra de Sá cantando a música “Mais do mesmo”. O segundo a subir ao palco foi o vocalista da banda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju, André Gonzales, que apresentou “Ainda é cedo”. Zélia Duncan cantou “Eu sei”, seguida de Du Peixe, vocalista da Nação Zumbi, que apresentou “Soldados”.
Um problema técnico interrompeu o espetáculo por cerca de 20 minutos. No meio deste período, o público cantou “Eduardo e Mônica”, ao lado da Orquestra de Brasília, e viu Zélia Duncan voltar ao palco para uma versão improvisada de “Quase sem querer”.
Depois de resolvido o transtorno técnico, Zizi e Luiza Possi fizeram um dueto em “Pais e filhos”. A violinista Ann Marie Calhoun fez um medley instrumental juntando “Por enquanto” e “Quando o sol bater na janela do seu quarto”.
Cantores se revezaram no palco em show que homenageou Renato Russo neste sábado (29) em Brasília. (Foto: Guto Zafalan)Cantores se revezaram no palco em show que
homenageou Renato Russo. (Foto: Guto Zafalan)
O show prosseguiu com Ivete Sangalo cantando “Monte Castelo”. Antes de Lobão interpretar “Perfeição”, o ator Fabrício Boliveira, que viveu no cinema o personagem João de Santo Cristo, criado por Renato Russo para a canção “Faroeste caboclo”, fez um discurso a favor das manifestações que têm ocorrido nas últimas semanas no país e falando do desejo de mudança no cenário político brasileiro.
De volta à música, Ellen Oléria, cantou “Teatro dos vampiros” e Fernanda Takai ,“Giz”. O público tentou emprestar a voz à música “Índios”, que foi tocada pelo bandolinista Hamilton de Holanda. O momento de maior vibração da plateia aconteceu quando Jerry Adriani interpretou “Tempo perdido”.
Antes da execução de “Há tempos”, o vocalista do Natiruts, Alexandre Carlo, subiu ao palco para cantar a íntegra de “Faroeste caboclo”. O público de Brasília cantou mais alto e vibrou nos trechos em que a letra citou o nome da cidade e lugares como Asa Norte, Taguatinga, Ceilândia e Planaltina, localidades da capital federal.
Depois da exibição do holograma de Renato Russo, a maior parte dos artistas voltou ao palco para cantar juntos um dos primeiros sucessos da Legião, “Será”. Neste momento, Fabrício Boliveira apresentou o ex-baixista da banda de Renato Russo, o músico Renato Rocha. Ele fazia parte do então quarteto quando se apresentaram há 25 anos no mesmo estádio. O próprio ex-integrante ainda tocou baixo e tentou cantar “Que país é este”, o último número do show.
Multidão lotou Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, neste sábado (29) em show em homenagem a Renato Russo. (Foto: Guto Zafalan)Multidão lotou Estádio Nacional Mané Garrincha,
em Brasília, neste sábado (29) em show em
homenagem a Renato Russo (Foto: Guto Zafalan)
Depois de 25 anos
O espetáculo aconteceu exatamente 25 anos e 11 dias depois da última apresentação da Legião Urbana em Brasília. No dia 18 de junho de 1988, uma grande confusão se formou depois que a banda decidiu deixar o palco após 50 minutos de música. Um fã invadiu o local de apresentação e agarrou o cantor no meio da música “Conexão Amazônica”. Antes disso, bombinhas e outros objetos foram atirados contra os músicos. Renato xingou o público e também foi xingado.
“E você não sabe o efeito psicológico de uma bomba no palco. Você fica olhando para aquela coisa, assim, brilhando, e você não sabe se aquele negócio vai explodir”, afirmou o cantor em entrevista à TV Globo nos anos 1990.
O público começou a promover um quebra-quebra e entrar em confronto com a Polícia Militar. Mais de 50 mil pessoas lotavam o estádio na ocasião. Muitos acabaram entrando sem pegar. No meio do tumulto, o artista chegou a ameaçar um policial que agredia um fã da banda.
Por conta dos incidentes, o cantor Renato Russo sempre dizia que nunca mais voltaria a cantar em Brasília porque a cidade não oferecia estrutura para um evento de grandes proporções.
Inédito no Brasil
A tecnologia para trazer o cantor ao palco do Estádio Mané Garrincha foi usada pela primeira vez no Brasil neste sábado, segundo os produtores do evento. A projeção, a cargo do produtor e diretor Mark Lucas, que já trabalhou com bandas como Pearl Jam e Red Hot Chili Peppers, foi utilizada em apenas um show, em homenagem ao rapper Tupac Shakur, no ano passado, nos Estados Unidos
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DPs do RN: Depósitos de Problemas

O Rio Grande do Norte dispõe somente de 12 delegacias, sendo duas na capital, que funcionam em regime de plantão. Elas precisam dar conta das ocorrências dos 167 municípios do estado, no entanto apenas em Natal e Mossoró essas DPs têm equipes específicas. Para as demais cidades, as Delegacias Regionais (DPRs) são as responsáveis pelo serviço oferecido fora do horário comercial de segunda a sexta-feira, atuando com o próprio efetivo. 

Nos finais de semana, elas contam com auxílio de profissionais lotados em delegacias distritais localizadas dentro de sua área cobertura, que não recebem por esse trabalho extra. O problema se agrava ainda mais quando esses delegados respondem por DPs de mais de um município. Há casos em que eles acumulam o trabalho em até 11 delegacias.

Com equipes defasadas e insuficientes para a demanda de ocorrências, as Delegacias de Plantão das zonas Sul e Norte de Natal são um “quebra-galho” para a população durante as madrugadas e os finais de semana e refletem o problema de todo o RN. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE acompanhou por uma noite os profissionais das duas DPs e pôde constatar a dificuldade encontrada pelos agentes e delegados da Polícia Civil para o desempenho de seu trabalho.
Magnus NascimentoAlém da falta de infraestrutura e equipamentos, as delegacias de polícia do RN trabalham com baixo número de policiais civisAlém da falta de infraestrutura e equipamentos, as delegacias de polícia do RN trabalham com baixo número de policiais civis

O acompanhamento começou às 18h, na Plantão Zona Sul. Em um dia incomum no que diz respeito à quantidade de crimes cometidos, segundo os agentes, até as 6h da manhã do dia seguinte havia-se feito 25 registros, entre Boletins de Ocorrência e Termos Circunstanciados. Um número considerado baixo. Foram três assaltos a transporte coletivos,  atendimento mais recorrente durante as noites. Houve também um homicídio, além de registro de agressão e roubos. 

O caso do assassinato denota a falta de infraestrutura. A equipe do plantão era composta por oito agentes, dois escrivães e um delegado. No momento em que foi preciso deslocar parte do pessoal para Ponta Negra, às 20h, para que se fizesse a averiguação do local do crime de execução, a DP ficou com quatro policiais para atender toda a demanda. A Plantão Zona Sul é responsável pelos registros de ocorrências das zona Sul, Leste, Oeste da capital, além das cidades de Nísia Floresta e Parnamirim, na região metropolitana.

O relato de um dos agentes, que não quis se identificar, bem como o restante dos homens que trabalhavam naquela noite, dá conta de que em dias nos quais acontecem muitos crimes o prédio da DP fica pequeno para a quantidade de gente que aguarda em pé ou sentada nas três cadeiras da antessala do local onde são feitos os BOs. “Isso aqui fica parecendo o Walfredo”, comparou, referindo-se ao maior hospital do Estado. Dois computadores são utilizados para os registros. “Em casos mais constrangedores, como agressões e estupros, é complicado. Quem está na sala escuta tudo o que a vítima nos relata”, contou outro agente. Enquanto a TN esteve na DP Sul, por volta das 22h, uma mulher chegou para prestar queixa sobre uma agressão sofrida e precisou dizer na frente de todos o motivo da ida à delegacia, enquanto chorava. A Plantão Zona Sul fica ao lado do Centro de Detenção Provisória de Candelária, na avenida Prudente de Morais. Sem iluminação e placa indicativa, a DP é comumente confundida pelos usuários com o CDP recorridas vezes, como presenciou a reportagem.

Falta estrutura para investigações

Para não conhecermos somente a realidade de uma das delegacias de Plantão, decidimos atravessar a ponta e seguir até o conjunto Panatis, para saber da Zona Norte. Chegamos às 23h e nos deparamos com uma estrutura semelhante. Naquela noite eram cinco agentes e um delegado de plantão. Foram 23 BOs registrados até as 3h, entre homicídio, roubos e um estupro de vulnerável. A maior reclamação entre os policiais e o bacharel que comandava a equipe, que também preferiram resguardar a identidade, é relativa a uma discussão que perdura entre as partas de Segurança e Defesa Social e Justiça e Cidadania. A custódia de presos por parte da Polícia Civil. Eram três homens e uma mulher encarcerados e um adolescente apreendido até o amanhecer. Os agentes relataram que quase todos os dias têm resistência por parte dos CDPs para o recebimento das pessoas detidas. “Precisamos acionar a Delegacia da Grande Natal - DPGran – para que ela exerça pressão e eles os recebam”, reclamou um agente.

Outro problema recorrente nas duas delegacias, ainda de acordo com os agentes da polícia, é o da manutenção dos equipamentos. Já por volta das 4h da manhã, a equipe de reportagem presenciou os policiais da Plantão Zona Norte chegaram na DP do lado Sul para pedir auxílio dos colegas na impressão de alguns documentos. A impressora havia quebrado.

Para o Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sinpol/RN), as delegacias de plantão funcionam como “bolsões de registros de ocorrência”. Djair Oliveira, presidente do Sinpol, reclamou da falta de possibilidade de investigação por parte dessas DPs, por conta da falta de estrutura de trabalho. “Como não há mais delegacias pela cidade para se prestar queixa, as plantões acabam servindo somente para isso”, explicou. “É preciso esperar até o outro dia, quando as informações chegam à delegacia distrital que responde pelo lugar onde aconteceu o crime, para que se dê início às apurações”, criticou.

A delegada Ana Cláudia Saraiva Gomes, presidente Associação dos Delegados de Polícia Civil, concorda com Oliveira. Ela acrescenta que há um projeto na Adepol que prevê a criação de mais duas Dps de Plantão, para que se possa desafogar o trabalho dos policiais. “Elas funcionariam junto com uma Divisão de Homicídios, para que os profissionais pudessem  fazer os registro sem se preocupar com o local de crime em casos de assassinatos”, detalhou Ana Cláudia. O delegado-geral, Ricardo Sérgio Costa Oliveira, voltou a afirmar que a Polícia Civil trabalha com um efetivo inferior ao necessário para que se tenha um resultado satisfatório. Em matéria publicada nesta semana na TRIBUNA, Ricardo Sérgio disse que precisa de pelo menos 50% a mais do que o efetivo disponível atualmente para dar conta das investigações de crimes que ocorrem no estado. A Sesed foi procurada par falar sobre o assunto mas nem o titular da pasta, nem o secretário-adjunto atenderam os celulares.

95% dos homicídios não são desvendados


De acordo com órgãos fiscalizadores da Segurança Pública estadual, em torno de 95% dos homicídios não são desvendados, por falta de provas técnicas.  Um levantamento recente feito pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos comprovou que dos 444 homicídios ocorridos em Natal ao longo de 2012, somente 22 deles foram elucidados, um percentual de 4,95% do total. Somente nos primeiros quatro meses deste ano, 471 pessoas assassinadas no Rio Grande do Norte. Além da vertiginosa escalada da violência, o primeiro Diagnóstico da Perícia Criminal no Brasil, elaborado ao longo de 2012 e publicado em fevereiro deste ano pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), posiciona o instituto técnico de perícia potiguar entre os de pior estrutura humana e material dentre todos os avaliados em todo o país.

No texto da apresentação do Diagnóstico, assinado pela titular da Senasp, Regina Miki, a perícia é apontada como um “fator fundamental para realização de investigações inteligentes e profissionais, que resultem na identificação do criminoso e na produção de provas que possibilitem sua condenação”. Para isto, porém, Regina Miki defende o “reconhecimento da importância do investimento” na perícia. No Estado potiguar, porém, os dados refletem uma realidade divergente.

Aqui, a média é de 1,51 peritos por habitante, segundo dados do relatório da Senasp. Com duas Unidades de Criminalística, sendo uma em Natal e outra em Mossoró, os 48 peritos criminais que atuam no Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep/RN), se dividem entre as respectivas

Conheça a estrutura da Polícia Civil do RN


- Polícia Civil possui 1.484 servidores, entre delegados, escrivães e agentes;
- Delegado-geral quer, no mínimo, mais 742 servidores para dar conta das investigações;
- Dez delegacias funcionam em regime de plantão em todo o Estado;
- Somente Natal e Mossoró possuem equipe específica para as DPs de Plantão;
- Delegados chegam a acumular trabalho de até 11 delegacias.

Fonte: Tribuna do Norte

A zebra somos nós

Rio de Janeiro (RJ) - Gazeta Press - A Seleção Brasileira vai decidir neste domingo o título da Copa das Confederações, a partir das 19h (de Brasília), contra a Espanha no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). Se a final era a mais esperada por todos, colocou o Brasil em uma situação que poucos esperavam. Há cerca de dez anos, nibguém ousaria colocar o time canarinho como zebra em um jogo decisivo, ainda mais em sua própria casa. Mas este é o cenário que foi desenhado para essa finalíssima.

Nos últimos anos a Espanha se tornou a grande força do futebol internacional. Conquistou as duas últimas Eurocopas e é ganhou a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. O escalada espanhola aconteceu em um momento de queda do futebol canarinho, que não conseguiu passar das quartas de final nos dois últimos Mundiais. O último feito brasileiro foi justamente em 2009, quando conquistou a Copa das Confederações em uma decisão contra os Estados Unidos. Apesar desta realidade, os espanhós sabem que terão problemas pela frente.
Wilton Junior /Estadão ConteúdoApesar da qualidade de Marcelo, Neymar, Fred e Oscar, o conjunto da seleção espanhola deixa o favoritismo nas mãos dos visitantesApesar da qualidade de Marcelo, Neymar, Fred e Oscar, o conjunto da seleção espanhola deixa o favoritismo nas mãos dos visitantes

“Estávamos em quatro campeões do mundo e agora restam dois. O Brasil tem cinco mundiais e três títulos da Copa das Confederações. Vamos jogar no Maracanã, com a torcida local e isso nos empolga. Por mais títulos que tenham conquistado, os jogadores estão animados por jogar no Maracanã”, disse Vicente del Bosque, técnico da Espanha, lembrando que as semifinais envolveram quatro campeões do mundo. A Fúria eliminou a Itália nos pênaltis, após empate sem gols. Já a Seleção Brasileira despachou o Uruguai com um triunfo por 2 a 1.

Luiz Felipe Scolari, técnico da Seleção Brasileira, também respeita os espanhóis, mas acredita que o fator campo pode fazer a diferença mais uma vez.

“Serão setenta mil pessoas no Maracanã, com sessenta e nove mim e quinhentas torcendo pela Seleção Brasileira, gritando a cada jogada e cantando o Hino Nacional bem alegres e vibrantes, mostrando que o Brasil joga em casa e é muito forte nessas condições. Claro que respeito a Espanha, que é uma grande seleção, mas podemos ganhar sem sombras de dúvidas”, disse Felipão.

Os jogadores brasileiros concordam que o apoio da torcida vai ser fundamental, mas entendem que o equilíbrio da partida vai exigir um alto grau de concentração. “Não podemos pensar em errar, pois contra a Espanha se isso acontece a derrota é quase certa. Temos que nos impor em campo, não permitir que eles toquem a bola como gostam de fazer e controlem as ações. Temos que dominar a partida, colocar o nosso ritmo e escolher o melhor momento para decidirmos o jogo, sem corrermos grandes riscos. Acredito em um grande jogo e espero que a Seleção Brasileira esteja em um grande dia”, disse o atacante Fred.

Os espanhóis, porém, se mostram prontos para qualquer arma que a Seleção Brasileira venha a usar, até porque ter esse adversário na final não chega a surpreender. O mundo esperava esse duelo. “Todo o mundo esperava e queria que a final da Copa das Confederações fosse entre Espanha e Brasil. Afinal, as duas seleções mereceram e vai ser muito bonito para todos os jogadores atuar no Maracanã. Somos conscientes que, desde que ganhamos a Eurocopa duas vezes e a Copa do Mundo, para todas as seleções é especial enfrentar a Espanha. Não duvido que também seja para os brasileiros, mas isso é algo recíproco”, afirmou Casillas.

Nem sempre foi assim, e a Espanha já sofreu goleada


A final da Copa das Confederações hoje não será a primeira vez que Brasil e Espanha se enfrentarão no Maracanã. O Maior do Mundo, como é carinhosamente chamado o estádio carioca, recebeu em 1950 um histórico confronto entre brasileiros e espanhóis pela fase final da Copa do Mundo. A Fúria não tem boas lembranças daquele dia em que os canarinhos, inspirados golearam por 6 a 1.

A partida ficou marcada pelo grito de mais de 152 mil brasileiros que cantavam “Touradas em Madri”, uma marchinha de Carnaval do compositor Braguinha, que inclusive estava presente ao confronto. Com dois gols de Chico, dois de Ademir, um de Jair e um Zizinho, o Brasil arrasou os europeus, mas três dias depois perdeu o título, em casa, ao cair por 2 a 1 para o Uruguai.

Aquela partida foi a segunda entre brasileiros e espanhóis em Copas do Mundo. Na primeira, em 1934, na Itália, a Espanha venceu por 3 a 1, eliminando os brasileiros. Em Mundiais também aconteceram jogos em 1962, com vitória brasileira por 2 a 1 no Chile, em 1978, quando a Argentina foi palco de um 0 a 0, e, por fim, em 1986, quando na sua estreia o Brasil ganhou por 1 a 0.

No histórico dos confrontos s vantagem é brasileira. Ambos se enfrentaram oito vezes, com quatro triunfos brasileiros.

Defesa espanhola de olho no ataque dos brasileiros


A seleção espanhola é famosa pelo meio-de-campo envolvente, com os craques Xavi e Iniesta, mas quem vem chamando a atenção na disputa da Copa das Confederações é a dupla de zaga formada por Piqué e Sergio Ramos. Os dois foram perfeitos em suas cobranças de pênalti diante da Itália, na semifinal de quinta-feira, e agora terão a missão de parar o ataque brasileiro com Neymar, Fred e Hulk na final de hoje, no Maracanã.

“Com certeza, será uma partida histórica não só no nível pessoal, mas também como seleção. Para quem gosta de futebol, vai ser o jogo mais esperado, um espetáculo, e deve causar alegrias para todas as pessoas. É um privilégio total poder participar desta disputa”, afirmou Sergio Ramos, defensor do Real Madrid, que na primeira fase da Copa das Confederações foi eleito o jogador com o melhor índice técnico da competição.

Ao contrário do que muitos imaginam, ele não está olhando para a decisão com o Brasil com algum receio por jogar diante da torcida adversária. Sergio Ramos lembra, aliás, que em todos os jogos da competição a Espanha ouviu vaias das arquibancadas. “O ambiente no estádio é normal, com gente que canta contra uma seleção favorita como a nossa. Se a Copa fosse disputada na Espanha, os espanhóis cantariam contra o Brasil ou algo parecido Quando o jogador entra em campo, ele só quer saber da partida. Para mim é até bom, gosto desse ambiente no estádio”, avisou o zagueiro.

Tanto Sergio Ramos quanto Piqué vão tentar anular o poder ofensivo do Brasil na final deste domingo no Maracanã. Mas, por enquanto, os dois só querem saber de descansar, depois de uma partida complicada contra a Itália, no calor de Fortaleza, que terminou em disputa de pênaltis após 120 minutos de bola rolando “O desgaste físico foi muito grande e a prorrogação aumentou ainda mais o esforço dos jogadores. Precisamos descansar e nos recuperar bem, comer bem, e nos prepararmos da melhor maneira para fazermos uma boa final. Conhecemos bem todos os jogadores da seleção brasileira e temos que tomar muito cuidado. Não podemos dar espaço”, disse o zagueiro do Real Madrid.

Para Piqué, que deve ter na tribuna do Maracanã o apoio de sua mulher, a cantora colombiana Shakira, o segredo é poupar energias.

Fonte: Tribuna do Norte

Aeroporto fica longe do polo turístico

A dez meses do início das operações do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, nenhuma das obras de implementação ou readequação de rodovias que darão acesso ao sítio aeroviário foram iniciadas. Os 43 quilômetros que separam a entrada do canteiro de obras do empreendimento da Via Costeira, principal pólo de hospedagem da capital, foram percorridos pela TRIBUNA DO NORTE nesta sexta-feira, 28. Foram necessários 71 minutos para cumprir o trajeto que consta como principal rota de acesso no projeto executivo do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Norte (DER/RN).

O tempo de viagem, a uma velocidade média de 65 quilômetros por hora e com o trânsito fluindo, chega a ser três vezes e meia superior ao necessário para percorrer os 12 quilômetros que separam o Centro de Convenções do Aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim. Da Via Costeira ao futuro sítio aeroviário, é necessário cruzar 14 semáforos, quase meia dúzia de faixas de pedestres e ainda reduzir a velocidade, por causa do controle por radar, em pelo menos três pontos. Ressalte-se ainda que o trajeto foi percorrido num horário que não é considerador de pico na zona Norte de Natal, entre às 10h e 13h. 

Extraídas as condições atuais das vias percorridas para chegar ao município de São Gonçalo do Amarante, uma delas, conhecida como Estrada do Fio, que ainda é coberta por barro, a distância que divide a Via Costeira do futuro aeroporto chega a ser superior aquela entre os dois maiores terminais aeroportuários da  cidade de São Paulo - o de Guarulhos, na Região Metropolitana, e o de Congonhas, na parte central da cidade.  
Magnus NascimentoObras de acessos ao novo aeroporto ainda não foram iniciadas. Semana passada, a empresa que venceu a licitação desistiu do projetoObras de acessos ao novo aeroporto ainda não foram iniciadas. Semana passada, a empresa que venceu a licitação desistiu do projeto

Por enquanto, porém, o fator distância não causa uma preocupação relevante nos operadores de turismo potiguares, por exemplo. Contudo, as agências que  vendem e recebem turistas do Brasil e do mundo, temem que o quesito logística de transportes, cause uma arranhadura no já combalido destino turístico que é Natal. “A maioria dos nossos clientes compram o que chamamos de combo, que é o traslado aeroporto/hotel/aeroporto e o city tour”, comenta o operador de turismo, Paulo Sérgio Marques. 

Em termos de logística de cargas, visto que, de acordo com o Consórcio Inframerica, o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante será o sétimo maior do mundo em questão de potencial de embarque e desembarque de encomendas, a diretora da Sociedade Brasileira de Logística, Karla Motta, adverte que é necessário planejamento. “O Estado tem dificuldade de se integrar e até obter recursos, porque não consegue dimensionar bem as obras que precisa. A gente fica à mercê do que os outros Estados definem. O potencial do aeroporto poderá ser alavancado ou não por uma mobilização nesse sentido, no sentido de planejar e dar acesso aos produtores, clientes e fornecedores”, destaca.

Número de voos
A assessoria de imprensa do Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, informou que, diariamente, o terminal recebe até 80 voos. No ano passado, circularam entre os corredores do sítio aeroviário, aproximadamente 2 milhões de passageiros, entre os domésticos e os internacionais. 

A previsão do Consórcio Inframerica, conforme informações encaminhadas pela assessoria de imprensa, o novo terminal, quando for inaugurado, terá capacidade para 6,2 milhões de passageiros e será expandido para 11 milhões de passageiros em 2024. A dimensão da área do terreno permitiu a construção da maior e mais robusta pista de pouso do país, com 3 quilômetros de extensão e 60 metros de largura. 

De acordo com Inframerica, essa particularidade proporciona tranquilidade e segurança às aeronaves Classe F (como o A380), que poderão circular sem restrições na pista. O novo aeroporto terá, em 2014, área do terminal de passageiros de 40.150  metros quadrados e terá capacidade para processar até 10 mil toneladas de carga por ano.

Em relação ao tráfego, a concessionária defende que “a criação de vias livres de acesso para o aeroporto vai proporcionar um tempo médio de chegada de 25 minutos, não gerando impacto no trânsito das cidades no entorno e garantindo acesso direto, rápido, sem obstáculos ou interferências do trânsito”.

Novo aeroporto já está com 43% das obras concluídas
O presidente do Conselho de Administração do Consórcio Inframérica, José Antunes Sobrinho, aproveitou a visita do ministro Moreira Franco ao canteiro de obras na semana passada, para apresentar o cronograma atualizado da obra do aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Segundo Antunes, 39% da construção já foi concluída.  Dos R$ 410 milhões que serão investidos no aeroporto, R$ 151 milhões foram aplicados até maio. 

Ao todo, 1,2 mil operários trabalham para garantir a conclusão da obra no prazo estabelecido pelo consórcio. Antunes confirmou que a meta é operacionalizar o aeroporto até abril de 2014, quando os voos hoje recepcionados pelo aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim, serão transferidos para o aeroporto de São Gonçalo. “Vamos terminar a tempo”, assegurou. Antunes também anunciou que a área comercial do Consórcio já começou a entrar em contato com companhias aéreas para trazer mais cargas para Natal. 

Em relação aos acessos ao futuro aeroporto, o ministro Moreira Franco demonstrou preocupação e estimou que a obra pode não ficar pronta a tempo do início da operação do aeroporto, previsto para abril de 2014, caso não seja iniciada em julho. A Queiroz Galvão, empresa que venceu a licitação em 2009 para construir os acessos do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, desistiu de executar a obra. A decisão foi comunicada terça-feira passada pela direção da construtora durante reunião com o chefe da Casa Civil, Carlos Augusto Rosado, e o diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagens (DER/RN), Demétrio Torres. 

Segundo o Governo, a obra, que está orçada em R$ 72,1 milhões, será executada pela segunda colocada na licitação: a EIT Engenharia. Segundo Dorian Carlos, diretor regional da empresa, a construtora foi consultada e aceitou executar o projeto. O Governo do Estado, no entanto, ainda não fixou uma data para assinar o contrato com a EIT, que deverá mobilizar trabalhadores e máquinas antes de iniciar a construção. 

Investimento em logística é fundamental

Para o operador de Turismo, Paulo Sérgio Marques, é preciso que a iniciativa privada invista numa infraestrutura de logística que seja atrativa aos clientes de companhias aéreas e das próprias agências de turismo. “O que me preocupa é a atuação das empresas de traslado, através dos receptivos. A tarifa, a partir do Augusto Severo, já é cara”, comenta. Atualmente, existem taxis que fazem a rota Aeroporto/Via Costeira por até R$ 30 com hora marcada. Não existem linhas de ônibus saindo de Ponta Negra ou da Via Costeira com destino ao aeroporto. 

O mesmo ocorre com o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que não dispõe de nenhuma linha de transporte coletivo passando nas proximidades da obra. Os motoristas de taxi consultados para informar quanto custaria uma “corrida” de São Gonçalo do Amarante até a Via Costeira limitaram-se a dizer que “depende” e não detalharam quando cobrariam. “Do Augusto Severo à Ponta Negra, varia de R$ 30 a R$ 45 e ainda dividem no cartão de crédito”, afirma o operador de Turismo.

Um outro ponto que, na avaliação de Paulo Sérgio Marques pode ser desvantajoso, é o caminho percorrido entre o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante e a Via Costeira. Ele frisou que não é uma questão preconceituosa e esclareceu que Natal tem, “talvez”, a entrada mais bonita das capitais brasileiras quando o percurso é feito pela BR-101/Sul. “Uma entrada limpa e em harmonia soma ponto a uma cidade como Natal”, destaca. Em cidades como Recife e Salvador, por exemplo, as entradas das cidades são cercadas por comunidades que vivem em condições paupérrimas.

Sobre a possibilidade de redução de turistas que escolhem Natal como destino em decorrência da mudança de aeroporto, Paulo Sérgio Marques acredita que isto não será uma prerrogativa. “Não acredito que isto ocorrerá. Eles se adaptarão a isso. Os aeroportos mais longe das capitais é comum nos estados maiores que o nosso”, enfatiza.

Bate-papo: Karla Motta - diretora da Sociedade Brasileira de Logística

Quais serão os principais desafios logísticos a partir do início da operação do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante?

Nós sabemos que um aeroporto, assim como um porto, é um ponto de transbordo. A lógica dos aeroportos é encurtar distâncias e o tempo de viagem. É preciso levar em consideração o tempo que se leva até chegar ao aeroporto e por quais vias de acesso e a qualidade das estradas. É preciso verificar as projeções da demanda que vai haver para o fluxo de cargas e de passageiros. Hoje, nós temos quantos voos ativos aqui? Qual a previsão de voos ativos no Estado, por exemplo, cinco anos após o início do funcionamento do aeroporto, dez anos após o início, 20 anos após o início do funcionamento? Por que quando se planeja logística, normalmente, o horizonte mínimo trabalhado são vinte anos. São obras caras, que causam um certo transtorno na sua implantação e envolvem muitos recursos e muitos projetos. Daí se faz o dimensionamento da infraestrutura do entorno, das rodovias, das ferrovias, dos outros modos de acesso, a partir daí. A preocupação é o dimensionamento de passageiros, do volume de cargas e a frequência do voos e fazer um planejamento de entorno baseado nisso.

Aeroportos


O Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, será o mais distante, comparado com os demais sítios aeroportuários do Nordeste, dos hotéis da Via Costeira. A distância a ser percorrida entre o novo aeroporto e o Centro de Convenções de Natal, por exemplo, é até mesmo superior às distâncias compreendidas entre os aeroportos de Guarulhos, na Grande São Paulo, e o de Congonhas, na região central da capital paulista.

Aeroporto do Recife/PE
Praia de Boa Viagem
2,5 quilômetros
6 minutos de percurso

Aeroporto de Teresina/PI
Centro
4,8 quilômetros
11 minutos de percurso

Aeroporto de São Luís/MA
Centro
10,7 quilômetros
21 minutos de percurso

Aeroporto de Fortaleza/CE
Meireles
11,6 quilômetros
18 minutos de percurso

Aeroporto de João Pessoa/PB
Cabo Branco
23,3 quilômetros
24 minutos de percurso

Aeroporto de Maceió/AL
Centro
23,7 quilômetros
33 minutos de percurso

Aeroporto de Salvador/BA
Pelourinho/Barra
29,6 quilômetros 
40 minutos de percurso

Aeroporto de São Gonçalo do Amarante/RN 

Via Costeira
43 quilômetros
71 minutos de percurso (no trajeto atual, sem duplicação de pistas e abertura das que estão previstas no projeto do DER/RN).

Aeroporto de Guarulhos/SP – Aeroporto de Congonhas/SP

38,1 quilômetros
43 minutos de percurso sem engarrafamento

Fonte: Tribuna do Norte
 

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