Presidente acompanhará tradicional parada cívico-militar que comemora independência brasileira.
A presidente Dilma Rousseff participa a partir das 8h45min desta segunda-feira (7) do Desfile da Independência, em Brasília, e em uma fase de baixa popularidade pode enfrentar protestos. O governo espera até 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Movimentos que defendem o impeachment marcaram manifestação e prometem levar o boneco inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário.
Por conta dos gastos para realizar os atos antigoverno do dia 16 de agosto, os organizadores decidiram concentrar seus esforços no Distrito Federal e não vão bancar a estrutura de protestos em outras cidades, como ocorreu no mês passado — logo após a última mobilização foi anunciada a realização de novos protestos nesta segunda-feira.
Em Brasília, a manifestação deve ocorrer na porta do Museu da República, perto da Esplanada dos Ministérios, por onde passará o desfile oficial de 7 de Setembro. Além do boneco de Lula, teria sido encomendado um outro, desta vez da presidente Dilma. Os organizadores afirmam que o evento será significativamente menor do que as manifestações de 16 de agosto.
Protestos em outras cidades dependerão de manifestações espontâneas de membros dos movimentos e simpatizantes da causa. Em Porto Alegre, não houve mobilização entre os membros de grupos que pedem o impeachment da presidente, mas não é descartada a participação de pessoas vestidas de preto — na semana passada, o PT teria convidado apoiadores a usarem verde e amarelo nesta segunda, o que foi desmentido pelo partido.
Grito dos excluídos nas capitais e no Interior
O tradicional Grito dos Excluídos, manifestação que há 20 anos ocorre no Dia da Independência, está previsto para todas as capitais e em cidades do interior do país. De acordo com a organização, são esperadas cerca de 10 mil pessoas em São Paulo e em Aparecida (SP), onde há 28 anos ocorre também a Romaria dos Trabalhadores rumo ao santuário da padroeira do Brasil. Em Brasília, o ato partirá da catedral pela Esplanada.
Após ameaçar matar a presidente Dilma, o advogado Matheus Sathler Garcia foi proibido pela Justiça Federal do Distrito Federal de comparecer ao desfile em Brasília. Candidato a deputado federal pelo PSDB nas últimas eleições, Garcia publicou vídeos em redes sociais em que prometia "arrancar a cabeça" de Dilma, caso ela não renunciasse ou se suicidasse até esta segunda.
Na decisão, o juiz Marcus Vinicius Bastos determinou que Garcia permaneça a uma distância mínima de um quilômetro da Praça dos Três Poderes e da Esplanada dos Ministérios. O advogado tucano também está proibido de sair de Brasília e será monitorado pela Polícia Federal, provavelmente, por meio de tornozeleira eletrônica.
Postar um comentário